quarta-feira, maio 31, 2006

UM GRANDE ABSURDO

Você sabe quanto ganha um deputado federal? De acordo com a matéria publicada no Jornal Hoje de Maringá no dia 23/05/2006 e levantamento da ONG Contas Abertas, que acompanha os gastos públicos, revela que o custo de cada deputado por mês chega a quase R$ 100 mil. O valor leva em conta os salários e a estrutura disponível para cada um dos 513 deputados. A máquina administrativa de mordomias é forte. Além dos salários de R$ 12.847,20, os deputados recebem mensalmente verba de gabinete de R$ 50.818,82, verbas indenizatórias, que podem chegar a R$ 15 mil, e mais R$ 3.000 de auxílio-moradia. Têm direito ainda a R$ 4.268,55 para despesas com postagem e telefonia e cota de passagens aéreas que variam de R$ 6 mil a R$ 16.500, dependendo do Estado de origem do parlamentar. Somados os benefícios, os gastos mensais da Câmara para manter os 513 deputados chegam a R$ 51,3 milhões, segundo levantamento do Contas Abertas. Pelos cálculos da ONG, as despesas da Câmara em 2005 somaram R$ 2,3 bilhões. Desse valor, 75% refere-se a despesas com pessoal e encargos pessoais. O dinheiro gasto seria suficiente para aumentar em oito vezes os investimentos federais em educação no mesmo período

O BOM PASTOR (EVANGELHO JOÃO 10, 11-18)

Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. Assim age porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Possuo ainda outras ovelhas que não são deste curral. É preciso que eu as conduza; elas ouvirão minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. O Pai me ama porque dou minha vida para de novo a retomar. Ninguém a tira de mim. Sou eu mesmo que a dou. Tenho o poder de dá-la e o poder de retomá-la. Esta é a ordem que recebi do meu Pai”.


Este relato nos mostra a intimidade, o afeto entre o pastor e as suas velhas. Percebemos que existe entre eles um amor e uma confiança muito grande. Jesus nos diz que as ovelhas não seguem um estranho. Seguem só o seu pastor, porque conhecem a sua voz. Conhecer, na Bíblia tem um significado muito profundo, conhecer significa amar. Quem conhece confia e, verdadeiramente, ama. Jesus deixa bem claro a diferença entre o bom e o falso pastor. Este último vem só para roubar, destruir e matar. Por isso é comparado ao ladrão. O Bom Pastor, pelo contrário, preocupa-se com a vida. Vem para que todos tenham vida plena e em abundância. O pastor é o líder. Todos nós, de um modo ou de outro, exercemos cargo de liderança. Seja no trabalho, na família ou na comunidade. De forma permanente ou em certas ocasiões, nós exercemos liderança. Na parábola do bom pastor, Jesus alerta sobre como estão sendo vividas as relações de liderança. Quando a liderança, deixa de ser serviço para tornar-se poder, ela oprime e destrói a vida. A liderança torna-se ladra e salteadora. O líder não pode ser autoritário. Liderar é conduzir para o caminho certo. Quando exercemos algum cargo de liderança, sobretudo nas funções públicas e na comunidade da igreja, precisamos estar próximos das pessoas, conhecer suas necessidades, compreendê-las, amá-las e partilhar com elas de suas alegrias e também de suas tristezas. A vida deve ser entendida no sentido amplo. O amor e a partilha devem estar presentes na vida comunitária, na vida da igreja, na vida familiar e também na vida profissional. Em qualquer caso, o autoritarismo, a negligência e o abandono, são nocivos e levam à morte. Matam a fé e a comunidade. Matam a família. As ovelhas conhecem a voz do seu pastor, confiam e deixam-se levar. Sabem que, em segurança, serão conduzidas para verdes pastagens e água abundante. Muitos são os que se apresentam como pastores, falam até em nome de Cristo e, no entanto, siquer defendem o evangelismo, missões, envolvimento social da igreja, amor, fraternidade, etc. São porta vozes do descaso e infelizmente acomodados. Não estão preocupados com a liberdade, com a dignidade, nem com o abandono que se encontram tantas crianças, jovens e idosos. Não têm a menor preocupação com o desemprego, com as doenças, com os conflitos que ameaçam suas ovelhas. Os falsos pastores são despreparados no lidar com o povo, ou seja, não há preparo teológico, psicológico e social. Em suma são os chamados mercenários. Cuidado com os falsos pastores. Eles têm voz muito parecida com a do verdadeiro pastor. Fazem uso dos meios de comunicação. Sobem em palanques e também se comunicam através do rádio, TV, jornais e revistas. Estão presentes em no nosso dia-a-dia disfarçados de bons pastores. É preciso estar atentos e abrir bem os ouvidos, para não sermos enganados. Não podemos seguir a qualquer um, vamos seguir o Bom Pastor! Como reconhecê-lo? O Bom Pastor não é reconhecido por falar manso e de forma poética, Ele é reconhecido pelas verdades que diz; palavras nem sempre doces, mas verdadeiras.